C20 Brasil 2024 / GT10 – “Governança Democrática, Espaço Cívico, Combate à Corrupção e Acesso à Justiça” (Grupo de Trabalho N°10)

Índice

1. Reunião de 16/04/2024 para TF2 (Grupo de Trabalho sobre Acesso à Informação): síntese da nossa participação oral

Navegar no intrincado cenário da burocracia governamental apresenta desafios significativos para indivíduos com autismo e outras deficiências, conforme destacado pelo representante do Autistão. Apesar do referencial teórico das políticas inclusivas, O acesso a informações essenciais continua sendo uma tarefa árdua devido à evasão ou manipulação governamental. O discurso do representante do Autistão lança luz sobre as questões sistémicas subjacentes a esta luta, onde as autoridades muitas vezes recorrem a táticas de evasão, Desinformação, ou conformidade superficial. O imperativo de recorrer pelas vias legais sublinha a gravidade da situação, No entanto, mesmo esta avenida está repleta de obstáculos e ofuscação. O testemunho do representante do Autistão sublinha a necessidade urgente de uma reforma sistémica para garantir acessibilidade e transparência genuínas nas interacções governamentais, capacitando assim os indivíduos com deficiência a defenderem eficazmente os seus direitos.



2. Reunião de 17/04/2024 para TF3 (Força-Tarefa sobre Espaço Cívico): síntese da nossa participação oral

O representante do Autistão oferece insights sobre os desafios enfrentados pelos indivíduos autistas na participação significativa na sociedade e na defesa dos seus direitos. Apesar da criação de organizações como [Associação A] em [País C], A receptividade governamental permanece indefinida, o estímulo a vias alternativas, como a apresentação de relatórios sombra aos comités das Nações Unidas;. o representante do Autistão enfatiza a dificuldade de representar com precisão as vozes autistas, agravado pelo desinteresse governamental e marginalização social. Ele ressalta a importância da consulta direta aos autistas, um princípio frequentemente contornado por organizações intermediárias. Embora o envolvimento com os órgãos da ONU produza algum progresso, o representante do Autistão destaca a eficácia limitada dos mecanismos internacionais em obrigar o cumprimento governamental. Sua narrativa ilustra a luta contínua para conciliar ideais democráticos com tendências autocráticas, apresentando um apelo comovente à inclusão e responsabilização genuínas nos processos de elaboração de políticas.



3. Reunião de 18/04/2024 para TF4 (Força-Tarefa sobre Corrupção): síntese da nossa participação oral

A questão da corrupção no [País C], particularmente no domínio do autismo e da defesa da deficiência, permanece em grande parte obscurecido, mas difundido. O representante do Autistão lança luz sobre a influência subtil, mas profunda, do lobby por parte de instituições médicas e sociais que atendem a pessoas com deficiência. Este formidável setor, empregando milhões e acomodando uma parcela significativa da [País C] população, exerce um poder considerável na formulação de políticas e decisões relativas aos direitos das pessoas com deficiência. Contudo, Seu foco na institucionalização e segregação prejudica os esforços em direção à inclusão e acessibilidade na sociedade em geral. Apesar das tentativas de desafiar esse status quo, como por meio de organizações como [Organização O.], a resistência à mudança persiste, exacerbado pelo emaranhado das elites políticas com a corrupção. O apelo do representante do Autistão para um maior reconhecimento da ineficácia dos actuais mecanismos da sociedade civil, como o C20, T20, e G20, sublinha o desafio assustador enfrentado por grupos marginalizados para navegar na corrupção sistémica e defender mudanças significativas.

Em sua resposta, os Co-Facilitadores do C20 – GT10 aborda incertezas em torno da realização de compromissos dentro da agenda internacional, embora reconhecendo a posição relativamente mais fraca da sociedade civil contra organizações e Estados poderosos. Apesar disso, Eles enfatizam a importância do papel da sociedade civil na defesa de sua agenda, particularmente ao causar desconforto na mesa de negociação e articular-se com outros atores para fortalecer sua influência.
A discussão também explora o conceito de lobby, além das noções tradicionais associadas às grandes corporações, abranger uma representação mais ampla de interesses na formulação de políticas públicas. São propostas recomendações para garantir a transparência e a inclusão nas práticas de lobbying, com foco em amplificar as vozes de grupos marginalizados como o Autistan.
Esse diálogo ressalta a necessidade de práticas de lobby transparentes e acessíveis para promover processos equitativos de formulação de políticas.



4. Nossos envios enviados por e-mail (27/04/2024)


Resumo Geral dos Problemas

1. Acesso à Justiça para Pessoas com Deficiência (TF1):

– Emitir: Pessoas com deficiências, incluindo indivíduos autistas, enfrentam grandes dificuldades no acesso à justiça devido a questões materiais, atitudinal, e barreiras institucionais.

– Causas: Falta de escuta, incompreensão das necessidades reais, conflitos de interesse com o estado.

– Consequências: Limitações no acesso à informação e serviços de apoio, dificuldades em obter representação legal adequada.

2. Acesso à Informação (TF2):

– Emitir: Pessoas com deficiências, especialmente indivíduos autistas, encontram ampla opacidade governamental ao buscar informações sobre seus direitos e serviços disponíveis.

– Causas: Medo de repercussões, falta de sensibilidade às necessidades específicas dos indivíduos autistas, cultura do silêncio, e a ausência de mecanismos que garantam o direito à informação verdadeira.

– Consequências: Processos demorados e frustrantes de busca de informações, recorrer a processos judiciais como única solução, mas sem a acessibilidade necessária, e a perpetuação da desinformação que conduz a uma maior marginalização.

3. Espaço Cívico para Pessoas com Deficiência (UFR):

– Emitir: Pessoas com deficiências, particularmente indivíduos autistas, são amplamente excluídos do espaço cívico devido a preconceitos, obstáculos relacionados com a deficiência, e o domínio de entidades intermediárias.

– Causas: Dificuldade em reunir as vozes de indivíduos autistas, leis mal adaptadas às suas necessidades, falta de consulta direta com indivíduos autistas.

– Consequências: Participação simbólica, ineficiência dos órgãos da ONU, necessidade de recorrer a medidas dissuasoras para incentivar os Estados a melhorar a inclusão de pessoas com deficiência.

4. Corrupção no Setor Médico-Social (TF4):

– Emitir: O domínio da medicina social, médico, e os lobbies farmacêuticos criam corrupção sistémica que compromete os direitos das pessoas com deficiência e dos idosos.

– Causas: Influência excessiva de associações gestoras de estabelecimentos, autoridades governamentais’ complacência, falta de vontade de desinstitucionalização.

– Consequências: Manutenção de barreiras ao acesso à justiça, exploração de pessoas com deficiência e idosos, violação dos direitos fundamentais.

5. Inconsistência injusta: Apoio inadequado para organizações autistas:

– Emitir: Indivíduos autistas, entre os mais vulneráveis, paradoxalmente encontram-se entre os menos apoiados e assistidos pela sociedade.

– Causas: Perspectivas médicas desatualizadas sobre o autismo, influência dos lobbies médico-sociais, falta de reconhecimento e apoio das autoridades.

– Consequências: Violação dos princípios da dignidade humana e dos direitos fundamentais, marginalização de indivíduos autistas, necessidade urgente de reconhecimento e apoio de organizações lideradas por indivíduos autistas.


Raiz dos problemas

Os desafios sistêmicos enfrentados pelas pessoas com deficiência, particularmente indivíduos autistas, em [País C], decorrem de vários problemas subjacentes. Estas causas profundas alimentam e perpetuam os obstáculos encontrados no acesso à justiça, Informação, espaço cívico, combate à corrupção, e fornecer apoio insuficiente a organizações lideradas por indivíduos autistas.

1. Déficit de apoio estatal

– Acesso à Justiça: A falta de esforços do Estado para garantir o acesso equitativo à justiça para as pessoas com deficiência reflecte um défice mais amplo na resposta às necessidades desta população, incluindo a falha em defender o direito à informação verdadeira.

– Acesso à Informação: A opacidade do governo na comunicação de informações cruciais sobre os direitos das pessoas com deficiência não só demonstra relutância em reconhecer e responder eficazmente às necessidades desta população, mas também viola o seu direito à informação verdadeira.

– Espaço Cívico: A exclusão de pessoas com deficiência do espaço cívico deve-se em parte ao fracasso do Estado em criar mecanismos de consulta adaptados e inclusivos, incluindo mecanismos que garantam o fornecimento de informações precisas e verdadeiras.

2. Influência de grupos de lobby e interesses específicos do setor

– Corrupção: A corrupção sistémica no sector médico-social decorre, em parte, da influência desproporcional dos lobbies médicos e das associações gestoras de estabelecimentos para pessoas com deficiência, moldar políticas em seu benefício, muitas vezes às custas da verdade e da transparência.

– Apoio inadequado para organizações autistas: A falta de apoio adequado às organizações lideradas por indivíduos autistas é agravada pela predominância de lobbies médico-sociais, que pode influenciar as decisões governamentais em detrimento das verdadeiras necessidades dos indivíduos autistas, perpetuando um ciclo de desinformação e negligência.

3. Falta de Consciência e Compreensão

– Acesso à Informação: O medo das repercussões e a falta de sensibilidade às necessidades específicas dos indivíduos autistas dificultam a comunicação transparente e o acesso à informação, negando-lhes o direito à informação verdadeira.

– Espaço Cívico: A dificuldade em reunir as vozes dos indivíduos autistas e a falta de consulta direta com eles decorrem de um déficit na compreensão do funcionamento individual exclusivo do autismo., destacando a necessidade de educação e conscientização para garantir representação e participação precisas.

4. Inércia Política e Falta de Responsabilidade

– Acesso à Justiça: Os conflitos de interesses com o Estado e os serviços públicos revelam uma falha na responsabilização governamental perante os cidadãos com deficiência, incluindo a falha em garantir a divulgação de informações verdadeiras e transparentes.

– Corrupção: A inação face aos escândalos de abuso e a falta de desinstitucionalização destacam a complacência política que compromete os direitos fundamentais dos indivíduos mais vulneráveis ​​da sociedade, sublinhando a necessidade urgente de responsabilização e transparência nos processos de tomada de decisão.

Resumindo, estas causas profundas refletem um conjunto de desafios estruturais e institucionais que impedem a inclusão genuína e o apoio adequado às pessoas com deficiência, especialmente indivíduos autistas. Superar estes obstáculos requer consciência colectiva e acção concertada para transformar as políticas, práticas, e mentalidades em direção a uma sociedade mais inclusiva e justa para todos, incluindo o reconhecimento e a proteção do direito à informação verdadeira.


Propostas e Recomendações para Reforma Sistêmica

A síntese dos problemas fundamentais revela uma série de desafios sistémicos que dificultam o acesso à justiça, Informação, representação, e prevenção da corrupção para pessoas com deficiência, incluindo indivíduos autistas. Para abordá-los de forma eficaz, aqui estão propostas e recomendações concretas que poderiam ser implementadas pelos governos do G20.

1. Fortalecimento das Obrigações Legais e Institucionais

– Melhorar as leis e os mecanismos institucionais para garantir o acesso equitativo à justiça para as pessoas com deficiência, sem a necessidade de procedimentos legais complexos. Isto poderia envolver alterações legislativas específicas e diretivas vinculativas para as instituições judiciais, garantindo acessibilidade para todos, incluindo indivíduos autistas. Enfatizar a importância da sinceridade e da transparência em todas as interações com o público, especialmente ao fornecer informações críticas ou serviços jurídicos.

2. Conscientização e Treinamento

– Implementar programas abrangentes de sensibilização e formação para intervenientes do sistema judicial, funcionários, e o público em geral sobre as necessidades e os direitos das pessoas com deficiência, com foco particular em indivíduos autistas. Estes programas devem enfatizar a obrigação de sinceridade e a disponibilização de meios eficazes e de fácil acesso para que os indivíduos tenham acesso a informações e serviços., incluindo o direito à informação verdadeira.

3. Melhorando a acessibilidade da informação

– Garantir que as informações estejam prontamente disponíveis através de vários canais, acomodando diversas necessidades de comunicação, e fornecer meios concretos e eficazes para que os indivíduos possam acessá-lo. Reconhecer que os indivíduos autistas podem enfrentar desafios na comunicação verbal e exigir formatos alternativos para a disseminação de informações, garantir o acesso a informações verdadeiras e precisas.

4. Aprimorando o treinamento de advogados e serviços jurídicos

– Desenvolver programas de formação inclusivos para advogados e serviços jurídicos para melhor ajudar as pessoas com deficiência, incorporando módulos sobre comunicação adaptada e sensibilidade às necessidades individuais, incluindo aqueles de indivíduos autistas. Enfatizar a obrigação de sinceridade e eficácia na prestação de assistência jurídica, incluindo a garantia de acesso a informações verdadeiras e precisas.

5. Promovendo Transparência e Responsabilidade

– Estabelecer mecanismos de monitorização independentes para supervisionar a transparência e integridade das instituições e organizações públicas responsáveis ​​pela prestação de serviços a pessoas com deficiência. Enfatizar a obrigação das autoridades públicas de fornecer informações precisas e verdadeiras, bem como a importância de fornecer meios eficazes e acessíveis para que os indivíduos denunciem casos de corrupção ou busquem recursos, garantindo o direito à informação verdadeira.

6. Incluindo indivíduos autistas nos processos de tomada de decisão

– Criar fóruns de consulta regulares envolvendo diretamente indivíduos autistas no desenvolvimento de políticas e na tomada de decisões, fornecer meios de comunicação acessíveis e adaptados para garantir que suas vozes sejam genuinamente ouvidas e compreendidas. Garantir que esses fóruns priorizem a sinceridade e a eficácia na solicitação e incorporação de contribuições de indivíduos autistas, incluindo acesso a informações verdadeiras e precisas.

7. Fortalecendo Associações Autistas

– Fornecer maior apoio financeiro e logístico a organizações lideradas por indivíduos autistas, aumentando assim a sua capacidade de representar eficazmente os interesses da comunidade autista. Capacitar estas organizações para defenderem os seus constituintes, fornecendo meios concretos e eficazes para o envolvimento com os decisores políticos e instituições públicas, incluindo acesso a informações verdadeiras e precisas.

8. Promoção de denúncias e responsabilização por corrupção

– Instituir medidas coercitivas e punitivas para responsabilizar os funcionários e autoridades públicas pela sinceridade e honestidade no fornecimento de informações. Capacitar os cidadãos, incluindo aqueles com deficiências, como autismo, defender-se facilmente contra negações de informações, engano, ou desonestidade administrativa, sem entraves burocráticos. Garantir que os mecanismos para denunciar a corrupção ou procurar reparação sejam acessíveis e eficazes para todos os indivíduos, incluindo pessoas com deficiência, e fornecer acesso a informações verdadeiras e precisas durante todo o processo.

9. Reforçar a cooperação internacional

– Estabelecer parcerias e intercâmbios de melhores práticas entre os países do G20 para promover uma abordagem coordenada e harmonizada para proteger os direitos das pessoas com deficiência, incluindo indivíduos autistas, além das fronteiras. Enfatizar a obrigação de sinceridade e eficácia nos esforços internacionais para enfrentar as barreiras sistêmicas e promover a inclusão e a equidade, incluindo o acesso a informações verdadeiras e precisas em escala global.

10. Avaliação Regular do Progresso e Obstáculos

– Implementar mecanismos para avaliação regular do progresso na proteção dos direitos das pessoas com deficiência, identificando obstáculos persistentes, e ajustando as políticas em conformidade. Estas avaliações devem envolver a participação significativa de pessoas com deficiência, garantindo que suas perspectivas sejam centrais para o processo. Enfatizar a importância da sinceridade e da eficácia na avaliação e abordagem das barreiras sistêmicas ao acesso e à inclusão, incluindo acesso a informações verdadeiras e precisas para monitorar o progresso.

Ao implementar estas propostas, Os governos do G20 poderiam fazer progressos significativos na reforma sistémica destinada a garantir a plena inclusão e a verdadeira equidade para as pessoas com deficiência, incluindo indivíduos autistas. Estas medidas devem priorizar a obrigação de sinceridade e fornecer meios concretos e eficazes para os indivíduos acederem à informação, justiça, e representação, bem como para se defender contra o engano e a corrupção do Estado, garantindo o direito à informação verdadeira e precisa.


5 Principais recomendações para a reforma sistémica

1. Fácil acesso a informações verdadeiras

– Garantir o fornecimento de meios concretos e facilmente acessíveis para todos os indivíduos, incluindo pessoas com deficiência e particularmente indivíduos autistas, acessar informações verdadeiras e transparentes fornecidas pelo governo. Implementar mecanismos livres de barreiras atitudinais ou obstáculos burocráticos, facilitando o acesso fácil sem a necessidade de procedimentos legais, e garantir o direito à informação verdadeira e precisa.

2. Acesso Equitativo à Justiça

– Alargar os princípios de acessibilidade ao sistema de justiça, oferecendo caminhos fáceis de usar para indivíduos, especialmente aqueles com deficiência, buscar recurso legal sem encontrar complexidades processuais. Isto implica fornecer informações jurídicas acessíveis, serviços de suporte, e assistência adaptada às diversas necessidades, garantindo ao mesmo tempo o acesso a informações verdadeiras e transparentes durante todo o processo legal.

3. Fortalecendo Organizações para Pessoas com Deficiência

– Fornecer suporte e assistência tangíveis, incluindo recursos humanos, para reforçar as capacidades e operações das organizações de deficientes, particularmente aqueles que representam indivíduos autistas. Estas organizações desempenham um papel crucial na defesa dos direitos das minorias vulneráveis, necessitando de apoio adequado para combater eficazmente as injustiças e garantir o acesso a informações verdadeiras e precisas para os seus constituintes.

4. Reformando Processos de Consulta

– Reorganizar as modalidades de consulta e participação para pessoas com deficiência, garantindo suas vozes, desejos, e as necessidades são genuinamente compreendidas e levadas em conta. Isto envolve reformas legislativas para evitar a exploração ou deturpação de pessoas com deficiência’ interesses de organizações terceirizadas, salvaguarda contra potenciais abusos decorrentes de motivos com fins lucrativos, e garantir o acesso a informações verdadeiras e transparentes durante todo o processo de consulta.

5. Impondo responsabilidade e transparência

– Instituir medidas coercivas e punitivas para impor a responsabilização entre funcionários públicos e autoridades, enfatizando a sinceridade no fornecimento de informações e a honestidade em relação a conflitos de interesse, nepotismo, e manipulações estatais. Capacitar os cidadãos, especialmente aqueles com deficiência, incluindo indivíduos autistas, defender-se facilmente contra fraude administrativa ou corrupção, eliminar obstáculos burocráticos que afetam desproporcionalmente os mais vulneráveis, e garantir o acesso a informações verdadeiras e precisas para responsabilizar as autoridades.

Estas recomendações principais, complementado por medidas adicionais, como programas de conscientização, cooperação internacional, e mecanismos regulares de avaliação, formar um quadro abrangente para a reforma sistémica destinada a promover a inclusão, equidade, e integridade na governança para pessoas com deficiência, incluindo indivíduos autistas.



Síntese de Recomendações para Governança Inclusiva

Promover uma reforma sistémica eficaz e inclusiva para pessoas com deficiência, incluindo indivíduos autistas, Os países do G20 devem estabelecer mecanismos concretos que garantam o acesso fácil e transparente à informação governamental, ao mesmo tempo que defende o direito à informação verdadeira e precisa.

Isto envolveria simplificar os procedimentos de acesso à informação, eliminando barreiras burocráticas, e fornecendo suporte adaptado às diversas necessidades. Adicionalmente, é crucial melhorar o acesso à justiça, oferecendo vias fáceis de utilizar para que as pessoas com deficiência procurem reparação, garantir o acesso a informações verdadeiras e transparentes em todos os processos legais.

Além disso, fortalecer os recursos das organizações de deficientes é essencial para defender eficazmente os direitos das minorias vulneráveis, incluindo indivíduos autistas. Os processos de consulta devem ser reformados para garantir a participação significativa de pessoas com deficiência, evitando a exploração por terceiros e garantindo uma representação autêntica, com acesso a informações verdadeiras e precisas durante todo o processo de consulta.

Por último, a responsabilização e a transparência rigorosas devem ser impostas às autoridades públicas para garantir a sinceridade no fornecimento de informações e para combater a corrupção. Meios eficazes para os cidadãos, especialmente aqueles com deficiência e autismo, para se defenderem contra abusos administrativos devem ser fornecidos, garantir o acesso a informações verdadeiras e precisas para responsabilizar as autoridades.


Respostas à pesquisa (18/05/2024)

TF1 – GT 10 Acesso à Justiça TF1

Preocupações particulares:

– Não entendemos por que as Pessoas com Deficiência (incluindo pessoas autistas, que são ainda mais discriminados do que as outras categorias desta lista) estão excluídos deste ponto:

“Garantir e ampliar o acesso de indivíduos anteriormente excluídos a posições de poder, incluindo pessoas negras, LGBTQIA+, mulheres, povos indígenas e tradicionais.”

-> Por que ?

– Em particular, pessoas autistas – que sofrem injustiças sistêmicas desde o nascimento até a morte 24 horas por dia e para quem NÃO existem medidas específicas de acesso aos sistemas judiciários, estão ausentes desta lista.

Talvez a categoria de seres humanos mais “deixado para trás” pelo “justiça normal” são, aqui também, esquecido, apesar de nossos numerosos esforços e explicações…

—> Por que ?

Se não vale a pena mencionar pessoas autistas pelo menos uma vez em texto produzido por ONGs para o C20 e G20, então como podemos esperar ter acesso à justiça um dia ?

Observações importantes:

– É muito difícil atribuir notas nesta lista. Algumas recomendações são muito vagas.

– Não notámos claramente medidas que permitissem aos indivíduos “acesso à justiça” concretamente, sério. Mencionamos alguns exemplos concretos, como o “barreiras atitudinais”. Esta lista contém muitas coisas que não parecem “implementável” como pedido.

– Outra coisa que foi solicitada, foi a inclusão das Pessoas com Deficiência: Mais uma vez, eles têm sido “deixado para trás”.

– Adicionalmente, a “sistema de votação” parece ser a melhor forma de manter a invisibilidade das minorias mais fracas e mais pequenas, que já enfrentam uma situação de grande injustiça todos os dias.

Resumo de nossos pontos não considerados o suficiente

  1. Barreiras específicas para pessoas com deficiência:
  • O texto B destaca desafios únicos enfrentados por pessoas com deficiência, particularmente pessoas autistas, no acesso à justiça. Estes incluem a complexidade e a rigidez dos sistemas jurídicos e os esforços insuficientes das autoridades públicas para proporcionar acesso equitativo.

O Texto A não foca estas barreiras específicas e o seu impacto nas pessoas com deficiência.

  1. Barreiras atitudinais e mal-entendidos:
  • O texto B aponta que as barreiras atitudinais, como mal-entendidos e falta de vontade de ouvir as necessidades das pessoas com deficiência (especialmente pessoas autistas), são obstáculos significativos.

O Texto A não aborda a necessidade de conscientização e treinamento para superar essas barreiras.

  1. Conflito com Estado e Serviços Públicos:
  • O texto B explica que muitas questões jurídicas envolvem disputas com entidades estatais, levando à relutância das autoridades em apoiar reivindicações contra si mesmas.

O Texto A não considera este conflito de interesses nem propõe mecanismos para garantir imparcialidade e apoio em tais casos.

  1. Falta de assistência pública adequada:
  • O texto B enfatiza a escassez e a inadequação dos serviços públicos concebidos para ajudar as pessoas com deficiência a aceder à justiça. Esses serviços muitas vezes não atendem às necessidades dos indivíduos autistas.

O Texto A não propõe soluções específicas para criar ou melhorar esses serviços públicos personalizados.

  1. Dependência de Advogados e Barreiras Econômicas:
  • O texto B destaca como a complexidade do sistema jurídico obriga as pessoas com deficiência a recorrer a advogados, o que é injusto, dados os seus recursos financeiros, muitas vezes limitados.

O Texto A não aborda estas barreiras económicas ou a dependência de representação legal.

  1. Engano do Estado e Ilusão de Acessibilidade:
  • O texto B detalha como os governos podem criar uma ilusão de acessibilidade e ao mesmo tempo não fornecer apoio genuíno, resultando em mais exclusão e rejeição.

O Texto A não aborda este engano nem sugere formas de garantir a transparência e a responsabilização nas reivindicações governamentais de acessibilidade.

Para melhor alinhar com as preocupações do Texto B, recomendações devem incluir medidas para:

  • Compreender e mitigar barreiras específicas enfrentadas por pessoas com deficiência.
  • Superar barreiras atitudinais por meio de conscientização e treinamento.
  • Resolver conflitos de interesse em disputas legais com entidades estatais.
  • Melhorar e adaptar os serviços de assistência pública para pessoas com deficiência.
  • Reduzir as barreiras económicas e a dependência de advogados.
  • Garantir a transparência e a responsabilização nas reivindicações governamentais de acessibilidade.

Obrigado.

TF2 – GT10 Acesso à Informação

Síntese das nossas recomendações para melhorar a acessibilidade e a veracidade das informações (tendo em conta os pontos que faltam atualmente na proposta de recomendações do WG10)

  1. Enfrentando desafios específicos enfrentados por pessoas com deficiência Indivíduos com deficiência, especialmente pessoas autistas, enfrentam desafios significativos ao tentar acessar serviços públicos. Esses obstáculos geralmente incluem mal-entendidos, respostas incorretas, e dispensa de consultas de acompanhamento. Adicionalmente, organizações que representam pessoas com deficiência enfrentam dificuldades em obter as informações necessárias para advocacia e relatórios devido às autoridades’ relutância em compartilhar informações que revelam deficiências do Estado. O processo exaustivo de busca de informações prejudica as pessoas com deficiência e suas famílias, especialmente quando se busca acesso a informações retidas pelos governos. Simplificar os procedimentos legais e garantir a acessibilidade nos processos judiciais são imperativos para facilitar o seu acesso à justiça, especialmente quando se busca informações recusadas por entidades governamentais.
  2. Abordando a opacidade do governo Os governos devem tomar medidas imediatas para abordar a opacidade e o engano na disseminação de informações. Isto requer um compromisso com a transparência e a responsabilização, garantir uma comunicação verdadeira e transparente sobre acessibilidade e direitos para pessoas com deficiência. Trabalhando ativamente para eliminar práticas enganosas e propaganda, os governos podem defender os princípios da democracia e garantir o acesso a informações precisas para todos os cidadãos.
  3. Implementando Recomendações para Reforma Sistêmica Para resolver os problemas sistémicos enfrentados pelas pessoas com deficiência no acesso à informação e aos serviços, os governos devem implementar recomendações abrangentes para a reforma institucional. Isto inclui a adaptação de padrões, proporcionando treinamento generalizado, e envolver as pessoas com deficiência nos processos de tomada de decisão. Estas reformas são cruciais para promover a transparência, responsabilidade, e acessibilidade nos serviços públicos.

UFR – Espaço Cívico WG10

– “Promoção da segurança jurídica e do financiamento sustentável para organizações do terceiro setor.” : não está claro.

– “Criação de espaços de diálogo e captação de vozes de Pessoas com Deficiência, Juventude, etc.” : não está claro. Precisamos de mais do que apenas “espaços”, e os governos farão muito mais do que apenas “capturando” nossas vozes. Já existem duas convenções da ONU explicando o que fazer: a CDC e a CDPD. Contudo, os EUA não ratificaram a CDPD.

–> Sugestão: “Melhorar e institucionalizar a consulta e participação ativa das Pessoas com Deficiência (incluindo pessoas autistas), Crianças, e outras populações vulneráveis ​​no desenvolvimento e implementação de todas as políticas públicas.”

(Quando falta espaço, você pode usar notas de rodapé para alguns detalhes.)

– “Garantir que as pessoas vulneráveis ​​tenham acesso a espaços institucionalizados e recursos materiais para permitir a sua participação direta e envolvimento em entidades que atingem o espaço cívico.” não é necessário se o acima (mais claro, forte e completo) é mantido.

– “Financiamento para destacar e investigar violações dos direitos humanos contra trabalhadores.” : Por que só os trabalhadores ? E o sistêmico, constantes violações dos direitos das Pessoas com Deficiência (incluindo autistas que raramente têm a oportunidade de ser um “trabalhador”) entre tantas outras categorias humanas vítimas constantes de violações dos direitos humanos ?…

O que falta na atual lista de propostas de Recomendações do GT10:

– Desenvolver mecanismos personalizados de acessibilidade e apoio para lidar com as dificuldades de comunicação e interação social enfrentadas por indivíduos autistas em espaços cívicos.

– Reconhecer e enfatizar a experiência única das organizações lideradas por autistas na compreensão das necessidades e desafios enfrentados pelos indivíduos autistas.

– Reconhecer e apoiar urgentemente organizações lideradas por autistas para corrigir a injustiça de estar entre os menos apoiados, apesar de servirem um dos grupos sociais mais vulneráveis: as autoridades governamentais devem atualizar as suas perspetivas sobre o autismo e devem ouvir ativamente as vozes das organizações lideradas por autistas e fornecer o apoio necessário para quebrar o ciclo de marginalização e injustiça.

TF4 – GT10 Anticorrupção

– “Facilitar a criação de leis de proteção de denunciantes que promovam e protejam reclamações…”:

OK, mas reclamando com quem ?? Quando o maior problema são os Estados, e quando eles não se importam quando relatamos problemas a eles ?

Na França, a lei do denunciante protege apenas os trabalhadores (contra seus empregadores), mas quando os problemas vêm dos órgãos do Estado, os mecanismos como “justiça” ou “ombudsman” são muito bons em fingir e ignorar.

E reportar aos órgãos de RH da ONU não ajuda realmente (pelo contrário, traz represálias), e o mesmo com o europeu “justiça” sistema.

Os Estados fazem o que querem e os sistemas de notificação são, na sua maioria, uma farsa.

– ” Garantir que o envolvimento activo com a sociedade civil seja incorporado na sua concepção e implementação.”:

Sobre o que ?… Compromissos do G20 ?

– “Combater o comércio ilegal que inclui drogas, crianças, mulheres, e financiamento para drogas e terrorismo.”:

Claro, mas todos eles já fazem isso, não ? Talvez propor recomendações mais específicas e novas sobre o assunto ?

– “Exortar os estados a adotarem proteções anti-SLAPP…”:

Parece que já está em outro TF ou WG, e pode não ser específico para “corrupção” (?).

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Pontos faltantes no texto atual do GT

O Texto B esclarece duas questões críticas que não são abordadas adequadamente nas Recomendações A:

  1. Corrupção Sistêmica no Setor Médico-Social:
    O texto B descreve como o lobby por parte de instituições médicas e sociais leva à corrupção sistêmica, comprometer a dignidade e os direitos das pessoas com deficiência e idosos. Enfatiza a necessidade de mecanismos de supervisão transparentes e de legislação anticorrupção abrangente direcionada a este setor. Contudo, Recomendações Um foco principal nas leis gerais de proteção aos denunciantes e na cooperação internacional para combater a corrupção, ignorando os desafios específicos do setor médico-social.

 

  1. Terceirização do Setor Público para Entidades Privadas:
    O texto B destaca como a terceirização de missões de serviço público para associações privadas cria oportunidades para corrupção e injustiça, favorecendo a conformidade em vez da responsabilidade. Ressalta a importância de promover medidas de transparência e responsabilização para organizações privadas que recebem fundos públicos e capacitar a sociedade civil para monitorar e denunciar casos de corrupção. Embora as Recomendações A mencionem a necessidade de supervisão regulatória da terceirização do setor público, não se aprofundam nas nuances desta prática nem propõem ações concretas para enfrentar os riscos associados de corrupção e exploração.

Resumindo, O Texto B enfatiza a importância de abordar a corrupção sistémica no sector médico-social e de garantir a responsabilização na terceirização do sector público, que não são suficientemente considerados nas recomendações mais gerais fornecidas no Texto A.

—> Seria muito apreciado (e útil) se você pudesse adicionar notas de rodapé para dizer algumas palavras sobre os problemas 1 e 2 acima, anexado às partes relevantes do texto atual.

(As notas de rodapé não contam no total máximo de caracteres permitido.)

Obrigado!




Existem itens adicionais a serem adicionados posteriormente, incluindo detalhes sobre as reuniões e as revisões finais do documento do Grupo de Trabalho.

 

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